quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Revisão Curricular I

Revisão Curricular?

Será esta a grande cura para todos os problemas? É isto que vai revolucionar o ensino da faculdade, corrigir as grandes falhas no ensino e finalmente aliviar os alunos do fardo de um sistema que não funciona bem?

Tem grande potencial, diz-se. Pois tem, concordo. Mas, também depende muito da sua boa aplicação e de uma grande renovação na estruturação do curso, completo cepticamente.

Para que a reforma curricular tenha algum interesse prático (reforma da formação médica, aumento da competetividade dos recém-formandos e da imagem e projecção da escola) tem que sofrer uma reforma que mude mesmo a estrutura do curso para uma mais adaptada à realidade actual da prática médica e da investigação clínica, integrada num universo em que a informação é cada vez mais e de um turnover cada vez maior, dificilmente acompanhável. Por cima de tudo isto, esta reforma tem que ser aplicável, tem que ter uma resolução prática dentro dos recursos limitadíssimos (ou mal geridos) da faculdade - factor este que é importantíssimo e nunca, mas nunca, pode abandonar o pensamento de quem vê potencialidade nesta reforma. Não queremos mais uma reforma fantástica fantasma fracassada que outras instituições sofreram, não souberam definir ou acompanhar a sua visão avançada.

É por tudo isto que meras cópias de outros modelos que vão fazer os milagres imaginados na vida da faculdade, eles foram modelos contruídos lentamente, adaptados ao meio e método em que foram implementados e lentamente aperfeiçoados para funcionarem dentro das limitações e potencialidades da instituição.

Montar um curriculum é como montar um puzzle com peças extraodinariamente pleomórficas, pretende-se a mesma imagem final, é preciso de fazer as peças disponíveis encaixarem. Algumas destas peças são maiores, outras menores, umas mais fléxiveis e outras menos. É um jogo arriscado.

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